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No Monoteísmo Consciencial, a evolução da consciência é o cerne da jornada espiritual. Essa evolução reflete o esforço humano em transcender entendimentos superficiais da realidade e aproximar-se das verdades espirituais mais profundas reveladas pelos mestres iluminados ao longo da história. A conexão com o divino não se limita a dogmas ou rituais, mas envolve uma busca ativa e contínua pelo significado universal da vida.
Evolução da Consciência:
A consciência humana não é estática, mas sim uma faculdade que se desenvolve ao longo da história, tanto individual quanto coletivamente.
Grandes mestres, como Noé, Abraão, Moisés, e, em nossa perspectiva, Jesus, trouxeram lições universais que exigem uma consciência elevada para serem plenamente compreendidas.
A cada avanço no entendimento espiritual, nos aproximamos das virtudes mais elevadas, como justiça, compaixão e unidade.
Mitos como Expressões Simbólicas:
Os mitos são interpretados como representações simbólicas de verdades profundas sobre a natureza da existência, da consciência e do divino.
Narrativas como o Jardim do Éden, a Torre de Babel e até histórias universais de dilúvios não são vistas apenas como eventos históricos, mas como lições espirituais.
Conforme explorado no Zohar, essas histórias possuem camadas de significado que apontam para a dinâmica entre o homem e D'us.
Verdades Além das Palavras:
Reconhecemos que as palavras, embora poderosas, são apenas ferramentas para expressar verdades espirituais que muitas vezes transcendem a linguagem.
Essa abordagem está alinhada com a ideia cabalística de que há níveis ocultos de entendimento (Sod), que só podem ser acessados por meio da meditação, introspecção e elevação da consciência.
A compreensão do Monoteísmo Consciencial muitas vezes esbarra em confusões e mal-entendidos que precisam ser esclarecidos:
1. Confusão com o termo "Ben Noach":
Embora muitos nos associem com o termo "Ben Noach" ou "Noachide" (Filhos de Noé), nossa abordagem é diferente.
Não seguimos necessariamente os preceitos noáticos em um sentido formal, mas reconhecemos a universalidade dos valores transmitidos a Noé como fundamentos para todas as nações.
2. Generalizações sobre Monoteísmo:
Muitos acreditam que o monoteísmo se limita à visão de religiões tradicionais, como Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Nosso pensamento demonstra que a ideia de um D'us único precede essas categorizações, sendo praticada por figuras como Abraão e Noé antes mesmo da formação de Israel.
3. Associação com Estruturas Religiosas Rígidas:
Diferente de outras tradições, o Monoteísmo Consciencial não está ligado a uma estrutura religiosa formal. A ênfase está na jornada pessoal de cada indivíduo para compreender o divino e na liberdade de integrar conhecimentos de diversas tradições.
O Monoteísmo Consciencial entende que a verdade espiritual não é exclusividade de uma tradição específica, mas um tesouro universal que deve ser explorado. A evolução da consciência e a interpretação simbólica dos mitos são caminhos que nos ajudam a entender que todas as tradições espirituais, em última análise, apontam para a unidade divina.
Como dito em Provérbios 3:6:
"Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas."
Esse reconhecimento é a base para um relacionamento profundo com o Criador e para a compreensão da complexidade e beleza da criação.
1. Confundir “Monoteísmo Consciencial” com Religião.
Muitas pessoas acham que “Monoteísmo Noaico ou consciencial” é uma espécie de religião inferior, que é relegada aos outros mortais, enquanto a cereja do bolo (a Torá) é reservada somente aos judeus.
Quando os sábios judeus definiram o Monoteísmo Noaico, o objetivo era falar de uma lei natural, de valores que o Eterno deu condições a todo ser humano de compreender e perceber, e que são os padrões mínimos para garantir que a pessoa tenha direito à vida, tanto aqui quanto no mundo vindouro.
É um erro gravíssimo supor que o Monoteísmo Noaico é o todo absoluto do que o Eterno espera, deseja, ou tem reservado para outras pessoas. A Bíblia Hebraica fala de vários outros valores importantes, que o Eterno até mesmo cobra de outras nações, tais como amorosidade, compaixão, justiça social, fidelidade, entre outros.
Nas palavras do sábio judeu Moshe Ben-Chaim:
“Os sete mandamentos não são um ‘limite’ para o estrangeiro, ou como alguns dizem, o sistema ‘deles’. Um rabino certa vez ensinou: as leis noaicas são o essencial fundamental para permitir que um ser humano retenha o seu direito à vida. Não é o ‘seu’ sistema, ou um sistema para perfeição. Ao contrário, as leis noéticas são um ponto de partida – não um destino exaltado.” (Perfection: Human Accomplishment – Not a Jewish Birthright – R. Moshe Ben-Chaim)
2. Achar que só um tribunal judaico pode definir que são os Monoteístas.
Essa confusão vem do fato de que muitos não conseguem diferenciar quando os sábios judeus falam sobre o os outros povos em geral, referindo-se, portanto ao Monoteísmo Noaico, ou quando se referem ao imigrante temporário que vive em meio aos judeus, no território de Israel, o chamado GuerToshav, ou migrante Residente”.
O Guer Toshav só pode ser aceito por um tribunal judaico, da mesma forma que um imigrante no Brasil precisa de visto da Justiça brasileira pra ser aceito.
Sobre isso, Maimônides diz:
“O que significa um imigrante residente [guer toshav]? É um estrangeiro que assume um compromisso de não adorar falsas divindades e de observar as outras leis universais dos filhos de Noé. Ele não se circuncida ou se imerge [isto é… não optou por ser judeu]. Nós aceitamos esse compromisso e ele é considerado um dos estrangeiros justos.
Por que ele é chamado deimigrante residente [guer toshav]? Porque nós temos autorização de permitir que ele habite entre nós na terra de Israel, conforme explicado nas Leis de Idolatria.
Nós aceitamos um imigrante residente [guer toshav] somente na era em que o jubileu for observado. Na era presente, mesmo se um estrangeiro assumir um compromisso de observar a Torá inteira com exceção de um só ponto menor, ele não é aceito [como imigrante residente]” (Livro da Santidade – Leis de Relações Ilícitas 14:7-9)
Além disso, o imigrante residente [guer toshav] tem que seguir várias obrigações que surgiram para evitar que eles criassem uma religião paralela dentro de Israel. Ou seja… toda pessoa que queria viver em Israel só poderia ser aceita se vivesse como Ben Noah, e se comprometesse a não criar outra religião paralela ao Judaísmo. Em outras palavras, todo imigrante residente [guer toshav] precisa ser Noaico [ben Noah], mas nem todo Noaico [Ben Noah] precisa ser um imigrante residente [Guer Toshav].
Vale ainda lembrar que somente dentro de Israel que os juízes, o Sinédrio, têm autoridade e jurisdição sobre os estrangeiros, e não noutras terras!
3. Achar que o Monoteísta Noaico ou Consciencial não pode estudar Torá.
A Lei Judaica diz que um “goy” não pode estudar Torá. O problema, porém, é que o termo “goy” (que significa nação) nem sempre é usado para se referir a estrangeiro.
Em boa parte da literatura judaica, é usado para se referir a politeístas. Sobre isso, Maimônides diz:
“Sempre que nos referimos a um ‘goy’, sem qualquer descrição adicional, significa alguém que adora falsas divindades.” (Mishnê Torá – Livro de Santidade – Leis de Alimentos Proibidos 11:8)
Rejeitamos, inclusive, a maneira preconceituosa através da qual alguns judeus se referem às pessoas de outras nações como “goy”. Isso é indigno do exemplo que Israel deve dar como sociedade, e é tão preconceituoso quanto um estrangeiro falar mal de alguém por ser judeu.
Felizmente, isso não se aplica a todos, e entendemos que não deve haver preconceito, discriminação ou animosidade entre os filhos do Eterno.
Todos nós, seres humanos, somos irmãos, e todos temos a mesma aliança individual que nos liga ao Criador.
4. Achar que o Monoteísta não pode cumprir mandamentos da Torá ou fazer uso da cultura judaica.
Isso também é mito! Não cabe aos judeus dizerem o que os Monoteístas Noaicos podem ou não fazer.
Maimônides diz ainda:
“Se um Ben Noah [i.e. um monoteísta noético] deseja realizar um dos mandamentos da Torá para receber recompensa por fazê-lo, não devemos impedi-lo, desde que a faça conforme solicitado.” (Mishnê Torá – Livro dos Juízes – Leis de Reis e Guerras 10:10)
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